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en dus vandaag een pagina groot stuk in o globo jornal met een hink-stap-sprong foto van de zoon van met een landing met de vader van de zoon die meedoet in trainingsweek.
RIO - As tranças afro podem até disfarçar, mas a melancolia no olhar, o sorriso tímido, o formato alargado do nariz, o corpo esguio e, principalmente, as passadas largas, não deixam dúvida: filho de Pulo, Pulinho é. Prestes a ter sua história transformada em escombros para virar estacionamento da Copa do Mundo de 2014, o Estádio da Atletismo Célio de Barros, no Complexo do Maracanã, foi palco de um reencontro com o passado através de uma promessa da nova geração. Aquela mesma caixa de areia onde o eterno João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, ex-recordista mundial do salto triplo e duas vezes medalhista olímpico, aterrissava seu talento todas as vezes que competia no Rio, foi apresentada na manhã desta terça-feira a seu herdeiro Emmanuel Norberto Carrupt de Oliveira, de 17 anos, por razões óbvias apelidado Pulinho. Lembranças do pai em vida, Pulinho só tem a de uma visita ao hospital, com apenas 5 anos, pouco antes da morte do ídolo, vítima de cirrose hepática, em maio de 1999. Nascido em Lorena e criado em Queluz e Cruzeiro, todas no interior paulista, Emmanuel nunca viveu com João do Pulo. Só conheceu a Pindamonhangaba que ganhou projeção nacional pelos saltos de seu cidadão mais ilustre há dois anos, quando para lá se mudou com a mãe, dona Lili. O mesmo destino que privou pai e filho do convívio familiar não tirou de Pulinho o orgulho pelo sangue que carrega nas veias. - Ele foi o cara do esporte que escolheu e não tinha a menor estrutura para treinar, nada. Era só areia. Teve uma infância bem sofrida, às vezes não tinha o que comer. Apesar das dificuldades, sempre me dizem que meu pai era uma pessoa brincalhona e determinada, que treinava muito. Deixou um exemplo de luta, de fé, de disciplina. Chegou a saltar acima dos 18m, mas foi roubado e não ganhou o ouro - exagera Pulinho, fazendo alusão à final olímpica dos Jogos de Moscou-1980, quando João do Pulo ficou com o bronze, atrás de dois soviéticos, depois que três de suas tentativas que superaram 17,50m foram anuladas de modo polêmico pela arbitragem. Inicialmente, Emmanuel resistiu à ideia de se tornar triplista. Tentou o basquete, há três anos, e depois os saltos em altura e distância. Em fevereiro, o novo Oliveira do atletismo brasileiro parece enfim ter encontrado sua vocação nos treinos da Associação de Servidores Públicos de Pindamonhangaba. Ainda é apenas um jovem promissor, bem longe de frequentar a elite das pistas, mas a evolução tem sido animadora. - Comecei tarde e saltando pouco acima dos 10m. Hoje, minha melhor marca é de 12,26m. É claro que tem muitos atletas da minha idade melhores do que eu, mas estou me esforçando. O segredo é ter foco e vontade para treinar - afirma ele, que estuda de manhã e treina na pista duas horas e meia diariamente. 22 anos imbatível no continente Está na cara que Pulinho jamais conseguirá evitar as comparações com o pai. E tentar se aproximar de João do Pulo não é pouca coisa. Ícone do esporte mundial na década de 70, ele foi tricampeão mundial do salto triplo (1977, 78 e 81), ganhou dois bronzes olímpicos na prova (em Montreal-1976 e Moscou-1980) e teve sua maior façanha esportiva nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México, em 1975. Conquistou o ouro com a impressionante marca de 17,89m, quebrando o recorde mundial em 45cm, que pertencia ao soviético Viktor Saneyev. Um salto tão espetacular que se manteve insuperável por uma década, até o americano Willie Banks atingir 17,90m. No continente, João do Pulo só foi superado 22 anos depois, em maio de 2007, quando Jadel Gregório marcou os mesmos 17,90m, no GP de Belém. Sua carreira foi interrompida de forma trágica. No dia 22 de dezembro de 1981, o triplista sofreu um grave acidente de carro e teve sua perna direita amputada. Emmanuel quer dar um pulinho de cada vez. Em vez de se sentir pressionado, procura transformar em incentivo as portas que se abrem por ser filho de uma lenda. Mas sabe que, semelhanças à parte, terá de saltar pelas próprias pernas. Por ora, só superou o pai na fita métrica e na balança. Mede 1,90m e pesa 78kg, contra 1,86m e 76kg de João do Pulo na sua idade. No Rio pela primeira vez para participar de uma clínica coordenada pelo técnico holandês Gerard Lenting, Pulinho só deixou o sorriso de lado ao falar sobre a demolição do estádio que carrega parte da história de sua família. - Fiquei triste ao saber que o Célio de Barros vai acabar. Quem não tem equipe, onde vai treinar? É péssimo para o esporte, ainda mais uma pista pública.
http://oglobo.globo.com/esportes/pulinho-filho-de-joao-do-pulo

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