holandesa Diana Nijboer, gerente da Ong Mais Caminhos.......show!!!

Orgulho de mais, muito trabalho e muito bom esse frases na jornal oglobo .......

RIO - Em inglês, “brave” significa corajoso. Nos próximos dias, seis pré-adolescentes do Morro Pavão-Pavãozinho vão demonstrar por que ganharam tal adjetivo. Eles embarcaram sexta-feira para a Polônia, onde participarão do festival Brave Kids, que promove o intercâmbio cultural entre crianças e adolescentes em situação vulnerável. Entre grupos de países como Nepal, Irã, Angola e Ucrânia, eles serão os únicos representantes do continente americano no evento.

Erick, Pedro, Nicolli, Paola, Rebeca e Clara têm entre 10 e 13 anos e foram selecionados pela Ong Mais Caminhos, que oferece atividades extracurriculares, como aulas de inglês e teatro, a crianças das favelas Cantagalo e Pavão Pavãozinho. Na Polônia, eles se juntarão a outras 113 crianças e adolescentes de 16 países que farão apresentações de teatro e dança. Durante três semanas, os grupos trocarão experiências e criarão juntos um grande espetáculo inspirado nessa mistura.

— O festival une crianças do mundo inteiro por meio da expressão cultural — diz o ator e diretor do espetáculo que será apresentado pelo grupo brasileiro, Creo Kellab. — É um estímulo para que eles possam sonhar com outro mundo para si mesmos e para sua comunidade.

Como o idioma seria uma barreira difícil de ser superada em meio a tantas nacionalidades, o grupo criou uma peça que une dança e expressão corporal. Segundo Kellab, a ideia era apresentar movimentos de capoeira e ritmos brasileiros, como o samba, mas o diretor precisou incluir uma exigência de seus artistas mirins: o passinho, dança que é febre nas favelas cariocas.

O festival infantil existe desde 2009 e é parte do Brave Festival, que reúne artistas de todo o mundo. Ambos são organizados pela associação Song of the Goat Theatre, que fomenta culturas tradicionais, e são financiados pelo ministério da Cultura da Polônia. Além de descobrirem expressões artísticas de diversas regiões, os participantes do Brave Kids ficam hospedados nas casas de famílias polonesas.

— Descobrimos o Brave Kids a partir de uma colaboradora estrangeira, que nos convidou no ano passado. Levamos crianças de um orfanato em Xerém onde atuávamos. Como esse orfanato fechou, em 2015 decidimos buscar crianças daqui. É a primeira vez que um grupo carioca participa do festival — afirma a holandesa Diana Nijboer, gerente da Ong Mais Caminhos.

Em meio a tantas novidades, os pré-adolescentes só têm uma apreensão: como se comunicar com seus futuros anfitriões.

— Se não tiver como traduzir as palavras no Google, vai ter que ser na mímica mesmo! — ri Rebeca Rossi, de 13 anos.

source oglobe

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